‘AINDA QUE A TERRA SE ABRA’, DE RODRIGO TAVARES
Por Gabriela Silva
Desvendar o percurso de uma personagem, perceber as nuances de seu destino, a cada nova página é o que nos motiva na Literatura. Em Ainda que a terra se abra, de Rodrigo Tavares, publicado em 2020, pela Editora Taverna, o fio condutor é Martín, um homem que ao sair do Sul, não tinha a intenção de retornar, com a morte do pai, a volta ao pampa é inevitável. A personagem descobre memórias obscurecidas, o cheiro da terra, dos animais, do passado guardado nas casas da infância e da juventude, paisagem e tudo que nela habita. Toda a narrativa é um palimpsesto do significado de terra, pertença e identidade. Passam pelas páginas da obra, Erico Veríssimo, José Hernandez, Jorge Luís Borges e muitos outros. Ainda: musicalidades, cores, sensações diversas evocadas pelas palavras. A obra de Rodrigo Tavares, um escritor consciente do poder das palavras e das imagens é uma renovação da vitalidade da Literatura Gaúcha, sobretudo por manter na contemporaneidade, as raízes tão firmes e profícuas da nossa cultura.
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