‘O VILAREJO’, DE FIÓDOR DOSTOIÉVSKI
Por Nei Duclós
Em 2020 fiz as pazes com Dostoiévski. Leitor irregular do gênio, naveguei o seu pequeno romance O Vilarejo, publicado pela Global nos anos 80 e que desde então dormia na biblioteca doméstica.
O personagem narrador é um jovem recém formado que, convocado pelo tio rico, é muito tolo para um casamento de ocasião. O centro do conflito é um criado metido a sábio e chantagista. Desfilam nas situações tensas, a tia viúva, a jovem inocente, a herdeira rica, os criados veteranos e moços, etc.
O livro me fisgou pela riqueza da fabulação com personagens em conflito que mostram a ascensão dos intelectuais sobre uma decadente aristocracia. Os fatos são mínimos, o que se destaca é a trama interativa entre eles, com todas as suas misérias e esperanças. Só mesmo um grande escritor para não cair no dramalhão ou na comédia de costumes.
É romance com carga pesada de humanidade que Dostoiévski nos revela com sua arte imparável. Mestre incomparável.
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