1 poema de Juliana Meira
pedrinhas desbastadas pela água da sanga
onde rodopiam girinos e tampas
de cerveja
longe alguma bolita
só de bici se percorre essa seara comprida
que dobra a ladeira com bergamota na cesta
porque o que se move gira
néon sempiterna memória
caleidoscópio construído com sobras
do que se tinha
Juliana Meira nasceu em 1981, no interior do Rio Grande do Sul, em Carazinho. Hoje vive entre Canela/RS e Brasília/DF. Tem publicados, entre outros, “água dura” (Artes & Ecos, 2019), “na língua da manhã silêncio e sal” (Modelo de Nuvem/Belas Letras, 2017), livro vencedor do Prêmio Minuano de Literatura na categoria Poesia no ano de 2018, e “poema pássaro” (Patuá, 2015).
