Categoria: FICÇÃO

De ‘DESVARIOS ENTRE QUATRO PAREDES’, por Cassionei Niches Petry

Primeiro capítulo do romance Desvarios entre quatro paredes, de Cassionei Niches Petry, Editora Bestiário. 04/04 já vivo em confinamento atrás das paredes da minha biblioteca há muito tempo, nesse trabalho de escritor de quinta  categoria que vende histórias para quem não sabe escrever  histórias e quer publicar seu livro para ser vendido para os  amigos…

Leia mais De ‘DESVARIOS ENTRE QUATRO PAREDES’, por Cassionei Niches Petry

DE ‘IBERÊ CAMARGO: UM HOMEM VALENTE’, por Nilma Lacerda

Lançado em 2022, “Iberê Camargo: um homem valente”, de Nilma Lacerda,parte das telas mais marcantes e também dos textos memorialísticose ficcionais deixados por Iberê para recriar a sua trajetória.É o primeiro volume da coleção Tipos Raros, projeto da Editora Mínimo Múltiploe traz prefácio de Adriana Calcanhotto, texto de orelha de Silviano Santiago,apêndice de Lucas Colombo,…

Leia mais DE ‘IBERÊ CAMARGO: UM HOMEM VALENTE’, por Nilma Lacerda

GIL, por Lúcia Nogueira Leiria

Não me acho uma pessoa curiosa, daquelas que se envolvem com qualquer fato que não lhes diga respeito, sou muito autocentrado, mas, outro dia, saí para passear com o cachorro e vi no chão, perto de uma lixeira de rua, um envelope subscritado que parecia ter algo dentro. Fiquei intrigado, mas disse para mim mesmo,…

Leia mais GIL, por Lúcia Nogueira Leiria

INVISÍVEL, por Danilo Giroldo

O conto integra o livro Contos de morte,de Danilo Giroldo. Publicação de 2022 da editora Patuá. Ouço o despertador do celular muito ao longe e lentamente vou retomando a consciência. Essa é uma daquelas manhãs que acordo sem saber ao certo onde estou, como fui dormir e o que eu tenho na agenda. O quarto…

Leia mais INVISÍVEL, por Danilo Giroldo

ALBERTO E CAROL: UM ROMANCE ALFABÉTICO, por Juliana Schaidhauer

Alberto acordou atordoado após aquele atraso de alguns minutos. Banhou-se, botou sua blusa bege, as botas bacanas e a calça de brim. Estava na beca, bonitão. Tudo combinava completamente, como convinha para conquistar o coração da colega Carol. Decidiu degustar seus deliciosos damascos durante o deslocamento para não desperdiçar mais tempo desnecessariamente. Esticou o dedo…

Leia mais ALBERTO E CAROL: UM ROMANCE ALFABÉTICO, por Juliana Schaidhauer

TATUÍ, por Pedro Matias

L. me enviou outro e-mail. Isso significa que terei de lidar com o fato de amar L. e odiar absolutamente tudo que ele escreve. Não. Isso está errado. Eu não odeio o que ele escreve: apenas considero irrelevante. Eu odeio ter de encontrar alguma coisa para falar sobre seu texto. Há algo de banal em…

Leia mais TATUÍ, por Pedro Matias

PÔR DO SOL, por Vera Ione Molina

Na noite anterior fomos a uma festa. Bebi muito e, como sempre, tivemos de voltar para casa antes dos amigos. Vicente me dissera muitas vezes que não suportava mais minhas bebedeiras. Eu prometia que não beberia mais, mas odiava o jeito que aquelas alunas do meu marido o tratavam. Discutimos muito, tenho a impressão que…

Leia mais PÔR DO SOL, por Vera Ione Molina

5 microcontos de Andreia Schefer

Vida saudável Amanhã acorde cedo. Lave o rosto e saia. Ao deparar-se com o dia frio, não desanime. Continue a caminhada. Persista. Não desista do seu objetivo. Depois de muito andar, retorne à sua casa. Deite-se no sofá e ligue a televisão. Pegue o telefone, disque o número e peça uma pizza. O mar Você…

Leia mais 5 microcontos de Andreia Schefer

MAMÃE TRABALHAVA À NOITE, de Emir Rossoni

O conto intitula o livro “Mamãe trabalhava à noite”, em etapa de financiamento coletivo pelo catarse até 16 de outubro de 2022.https://www.catarse.me/mamae_trabalhava_a_noite_f00b?ref=project_linkLançamento previsto para novembro de 2022. Mamãe trabalhava à noite. “Cuide da maninha até eu voltar.” Sempre que faço sombras de lua, lembro-me dela. Ela só voltava na madrugada. Maninha chorava, maninha brincava. Mas…

Leia mais MAMÃE TRABALHAVA À NOITE, de Emir Rossoni

SINAPSE, por Catia Schmaedecke

Do alto do penhasco Ivan podia vislumbrar a linha tênue no horizonte, uma divisão translúcida entre o céu e o mar que ali se igualava à sua estatura. Nas primeiras horas da manhã o vento soprava favorável e arrepiava-o da cabeça aos pés, trazendo consigo recordações da infância. A ideia surgira de repente à época…

Leia mais SINAPSE, por Catia Schmaedecke

VÓ JANDIRA, por Cátia Simon

O conto integra o livro “Rastros de Estrela”, lançado em 2022 pela Território das Artes. Sei de muita coisa dita e não dita. Sou tão antiga, do tempo em que isso aqui estava longe de ser cidade ainda, era vila e se chamava Vila da Figueira.  Sabia disso? O porquê do foguetório de ontem? É claro…

Leia mais VÓ JANDIRA, por Cátia Simon

EU DESAPAREÇO, por Cristiano Fretta

(…)What I’ve feltWhat I’ve knownNever shined through in what I’ve shownNever beNever seeWon’t see what might have been(…)The Unforgiven – Metallica Questão das mais instigantes refere-se à quantidade de vomitados nas paradas de ônibus de Porto Alegre: difícil é vermos uma única parada que não tenha um amontoado de massa triturada e mal digerida na…

Leia mais EU DESAPAREÇO, por Cristiano Fretta

AMARE, por Catia Schmaedecke

Antigamente Porto Alegre era uma cidade murada cujo portão se fechava ao anoitecer para impedir a entrada de possíveis invasores através das águas, e abria-se nas primeiras horas do dia seguinte. Era o que aparentava à primeira vista, quando havia a escassez de chuvas torrenciais e consequentes cheias. Foi ali, às margens do Guaíba, que…

Leia mais AMARE, por Catia Schmaedecke

FUMAÇA, por Giovani Thadeu

Doralina, mais conhecida na vizinhança como Dora, é uma senhora septuagenária, aposentada, viúva, vivem ela e Fumaça no seu pequeno apartamento. Fumaça deve seu nome ao tom cinza do seu pelo e também ao seu comportamento onipresente e irrequieto, Fumaça está aqui, ali, lá e de novo aqui. Dora é uma senhora de baixa estatura,…

Leia mais FUMAÇA, por Giovani Thadeu

CIGANA, por Maximiliano da Rosa

Maristela caminha apressada. São dias de angústia, de procuras vãs, esperas inúteis, o corpo e mente em desalinho, espírito denso demais. Precisa de um emprego, e logo. É nisso que pensa enquanto cruza os caminhos, percorre as ruas apinhadas de gente tosca e macambúzia, o sol demasiado quente sobre sua cabeça, fazendo ferver seu espírito…

Leia mais CIGANA, por Maximiliano da Rosa

EXCALIBUR, por Milene Barazzetti

E passaram-se dias. Quando a luz voltou, depois desse tempo, foi o momento de despertar de Esmeralda. Acordou com as lambidas de seu gato, companheiro de isolamento. No início, com luz e internet funcionando, o isolamento foi saudável. Mas, depois de algumas semanas, alguns sistemas de gerenciamento de dados não conseguiram mais dar conta do…

Leia mais EXCALIBUR, por Milene Barazzetti