PORTO ALEGRE: UMA BIOGRAFIA MUSICAL – entrevista com Arthur de Faria

Nessa edição de Sepé, conversamos com o professor, músico e pesquisador Arthur de Faria. O Arthur acabou de autografar aquele que é o primeiro volume da sua “Biografia Musical de Porto Alegre”, numa edição da Arquipélago Editorial. Até aqui, é um projeto de quatro livros. Para saber mais do andamento de seu trabalho de pesquisa…

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LARA DE LEMOS: O TENSO REMEMORAR DA DITADURA MILITAR NO BRASIL, por Katia da Costa Bezerra

O ensaio apresentado a seguir foi publicado em 2004,seis antes da morte da poeta Lara de Lemos, na revista Graphos – Revista da Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal da Paraíba. A predominância de uma política de esquecimento tem marcado o fim de regimes autoritários como o que se instalou no Brasil entre 1964 e…

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UM CERTO CINEMA GAÚCHO DE PORTO ALEGRE OU  COMO O CINEMA IMAGINA A CAPITAL DOS GAÚCHOS, por Boca Migotto

Publicado pela editora Pragmatha e lançado em 2022, o livro de Boca Migotto nasceu de sua tese de doutoramentorealizada no PPGCOM da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.Aqui, o capítulo introdutório do livro. Mas afinal sobre que é isso tudo? Minhas primeiras palavras para você que está acessando esse livro e, agora, inicia a…

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PORTO ALEGRE, por Lucio Carvalho

Os poemas a seguir foram publicados em livros individuaise na antologia “Inventário”, publicação da TAN Editorial, de 2022. Porto Alegre (2013) Não te vejo mais e ainda te encontro, Porto Alegre.Não são teus lugares, talvez só as pedras do calçamento.Não são as avenidas congestionadas, mas as ruelas do centro. Não são os carros de cem…

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De ‘SAL’, de Mar Becker

De “Sal”, lançamento de Mar Becker pela editora Assírio Alvim,publicamos o poema “Annes” e a apresentação de Lawrence Flores Pereira. A palavra em desabrigo: algumas notas sobre Sal, de Mar Becker Lawrence Flores Pereira* Diante de Sal (Assírio & Alvim, 2022) e da poesia de Mar Becker: é como, depois de uma longa viagem, ver…

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RUÍNAS DE SÃO MIGUEL, por Getúlio Ellwanger Neves

O verso penumbra que já foi um universo foi ouvido pelo poetano silêncio das ruínas quando visitou as Missões no outono de 1985.O poema, escrito lentamente nos meses seguintes,seria incluído em seu segundo livro, “Águas Siladas”,editado pela Movimento em 1992. 𝘌𝘯𝘵𝘳𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘴 𝘱𝘦𝘥𝘳𝘢𝘴, 𝘯𝘢𝘴 𝘦𝘴𝘤𝘶𝘳𝘢𝘴 𝘧𝘦𝘯𝘥𝘢𝘴𝘢𝘭𝘨𝘰 𝘴𝘶𝘮𝘪𝘶 𝘮𝘢𝘪𝘰𝘳 𝘲𝘶𝘦 𝘢 𝘙𝘦𝘢𝘭𝘦𝘻𝘢:𝘋𝘦𝘶𝘴, 𝘶𝘮 𝘗𝘰𝘷𝘰 𝘦𝘯𝘷𝘰𝘭𝘵𝘰 𝘦𝘮…

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5 poemas de ‘ENTRE MANDALAS, ESPADAS E UMA ESCADA CARACOL’, por Mariana Machado

DESALINHO Eu, que não sou nenhum grau 33dessas seitas políticas que exigemo beijo impresso atrás do Baphomet,a subserviência das palavrasde alminhas devotadas, cujos punhos,desvirginando nuvens, vêm proporbrindes de sangue e leite verborrágicos;como alcançar a condição de eleita?Eu, que não tenho sido a cidadãconsciente, e não conserto o mundo, e nãoseparo o lixo dos meus pensamentos;eu,…

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De ‘VENEZA SALVA’ (Simone Weil), por Gabriela Porto Alegre

“Há muitos livros ou artigos que dão a impressão de que o autor, antes mesmo de começar a escrevê-los, e, posteriormente, logo antes de enviar a obra para o pre­lo, pergunta-se com verdadeira ansiedade: ‘Eu estou na verdade?’ Há muitos leitores que, antes de abrir um livro, perguntam-se com verdadeira ansiedade: ‘Encontrarei aqui alguma verdade?’…

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EM DEFESA DA ALEGRIA (Mário Benedetti), por Sidnei Schneider

para trini Defender a alegria como uma trincheiradefendê-la do escândalo e da rotinada miséria e dos infamesdas ausências transitóriase definitivas defender a alegria como a um princípiodefendê-la do pasmo e dos pesadelosdos neutros e dos nêutronsdas doces infâmiase dos graves diagnósticos defender a alegria como uma bandeiradefendê-la do raio e da melancoliados ingênuos e dos…

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FLAMINIA COLELLA: ALGUNS POEMAS TRADUZIDOS E UMA ENTREVISTA, por Paulo Damin

Traduzi cinco poemas de Flaminia Colella, poeta italiana até este momento inédita no Brasil. Eles fazem parte do mais novo livro dela, que se chama Guerrafesta (ed. Cartacanta). Na sequência, há uma entrevista exclusiva com Flaminia. Nota-se logo a postura narrativa da poeta. Seus poemas são cenas. Situações cotidianas que, em versos enxutos e sintaxe…

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UMA DAMA (Heinrich Heine) e TAPA DE LUVA (Friedrich von Schiller), traduzidos por Mariana Machado

UMA DAMA(“Ein Weib”, canção de Heinrich Heine. Versão de Mariana Machado, a partir da tradução de Wagner Schadeck) Ambos viviam uma paixão:Ela, bandida; ele, ladrão.Quando um trambique ele fazia,Ela, na cama, ria e ria. No ócio de dias sem proveito,À noite, estava ela em seu peito.Levaram-no à delegacia,Ela, à janela, olhava e ria. Fez-lhe um…

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‘ATAQUE – CALE-SE AGORA E PARA SEMPRE’ de Ivete Nenflidio, por Menalton Braff

Se o leitor que ora aqui chega já recebeu um jabe no queixo, está autorizado a abrir este livro e percorrer suas páginas, que são, geralmente, duras como gritos de protesto. E isso, sem esquecer que são poemas, então vai encontrar muita poesia pelo caminho, com todos os recursos da poética contemporânea. A estrutura dos…

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1 poema de Juliana Meira

pedrinhas desbastadas pela água da sangaonde rodopiam girinos e tampasde cerveja                          longe alguma bolita só de bici se percorre essa seara compridaque dobra a ladeira com bergamota na cestaporque o que se move gira néon sempiterna memóriacaleidoscópio construído com sobrasdo que se tinha Juliana Meira nasceu em 1981, no interior do Rio Grande do…

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1 poema de Vera Ione Molina

EM TEMPOS DE LUTO Naqueles tempos antigosquando a família perdia um membroas mulheres surgiam vestidas de pretoda cabeça aos pésas crianças ouviam gritos e odiavam o falecidoSabe-se lá se as velhas obrigavam as meninas-moças a gritaros sons delas pareciam fingidos de tão agudoscomo se os homens amados tivessem partido para uma revoluçãoOs gritos das mães,…

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5 poemas de Lígia Savio

HÉCATE Só quem se desviou da rota principale pegou uns caminhos tortosé que pôde enxergaroutros céus, outras paragens,os azuis esverdeados,descoberta de um poetanavegando em barco bêbado.Também eu quisSentir o gosto das frutas interditasMe fui ou fui levada?Que dimensão era aquela?Entrava-se na íris das pessoase se via tudo por dentro,mente e coraçãoQue infinitos terríveis se abriram…

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MAMÃE TRABALHAVA À NOITE, de Emir Rossoni

O conto intitula o livro “Mamãe trabalhava à noite”, em etapa de financiamento coletivo pelo catarse até 16 de outubro de 2022.https://www.catarse.me/mamae_trabalhava_a_noite_f00b?ref=project_linkLançamento previsto para novembro de 2022. Mamãe trabalhava à noite. “Cuide da maninha até eu voltar.” Sempre que faço sombras de lua, lembro-me dela. Ela só voltava na madrugada. Maninha chorava, maninha brincava. Mas…

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1 poema de Myriam Beck

GOTA MÍNIMA Dentre as gotas q caiam sobre a aridez da terraapenas uma tinha consciência de ser chuva.Precipitou-se, feito quem se acaba chorando. Isso.Inundou o mundo feito quem ama. Quando pequenaouvira narrar sobre histórias de lugaresdonde garoa q ousa não retorna.Lugares onde o lobo guará seduz a luae as salamandras exibem malabares no interior do…

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4 poemas de Mariana Artigas

John Coltrane pronuncio teu nome, cravando sete relâmpagosnas tuas costas,pronuncio teu nome gemendo na camade um outro alguém, em uma conversa casualdigo que acho teu nome bonito.j o h n c o l t r a n e ecoa e ecoa pelo apartamentoq u a t r o ou c i n c o espasmosaguardo…

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5 poemas de Giana Guterres

com quais palavras se deve escrever um poema?amor, dor, pássaro, florcabe tanta coisa na rima que não cabe na sonoridadefazer do poema uma cidadeonde há casas para todosonde a fome fica do lado de láonde todo mundo é digno de ler um poemaonde não faltam bibliotecas nem escolas.todo poema é uma utopiaem que habitam os…

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SINAPSE, por Catia Schmaedecke

Do alto do penhasco Ivan podia vislumbrar a linha tênue no horizonte, uma divisão translúcida entre o céu e o mar que ali se igualava à sua estatura. Nas primeiras horas da manhã o vento soprava favorável e arrepiava-o da cabeça aos pés, trazendo consigo recordações da infância. A ideia surgira de repente à época…

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6 poemas de Luciano Lanzillotti

I Um lar tem duas facesviradas do avesso. De um ladoatividadesde engenhoe do outroo disparatede ainda se procurarpor sossego. II Complexofeito um corpo com sistema circulatóriobombas, ossose aparelho excretor. Há algo de desconhecidopor entre a alvenariada casa. III Pequenos consertose trejeitos são maisdo que necessários: uma casa desmoronapor forae por dentroem memóriae pensamentos. IV Vidrosmuito…

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4 poemas de Ines Lempek

Transição Acordo com os primeirossons da manhão canto do pássaroabre o céucomo se descortinasse o diacom seu bico cantador A noite se encolhecom ela tua presençarecolhida no meu sonho. Ao luar Na janela semiabertaa luz trêmula da veladança prá luana garrafa de vidroum líquido corde sanguetesão das uvascolhidas ao luar. Mantra O clarear do céuabre…

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2 poemas de Cleber Pacheco

OBLIVION Esqueci os sons das palavras,Como consultar dicionários,Os nomes das borboletas. Hoje vigoram os ruídos,Os mergulhos dos afogados,A estridência dos espectros. Será preciso reconstituirA ingenuidade da ortografia,Os resquícios dos pergaminhos,A criação do alfabeto. Só então poderei nomearAs flores fecundadas no silêncio. DIMENSÃO Os olhos do felino veemAs franjas do invisível,Mesmo quando sonham,Ainda que indolentes,Os olhos…

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5 poemas de Leonardo de Oliveira

Silenciosa como um vaso de floresNo quarto cheirando a vinho e cigarros.Desarrumou as gavetas, só pra arrumar de novo.Sob a luz da meia tarde as rosas murchamO mundo em chamas.Janelas verdes, ar parado, asas cortadasBorboleta aprisionada sob o vidro.Outro cigarro, outro filme, a noite se avoluma.O silêncio se intensifica, grita.Ninguém sabe do amanhecer, ciência inexata.A…

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VÓ JANDIRA, por Cátia Simon

O conto integra o livro “Rastros de Estrela”, lançado em 2022 pela Território das Artes. Sei de muita coisa dita e não dita. Sou tão antiga, do tempo em que isso aqui estava longe de ser cidade ainda, era vila e se chamava Vila da Figueira.  Sabia disso? O porquê do foguetório de ontem? É claro…

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3 poemas de Gonzalo Bolliger

Os Delírios de Narciso Nasci nas ranhuras da montanha,Cresci nelas como um arbusto raquítico e seco,Minhas folhas, que são poucasExperimentaram o vento de todos os lugares,Pois sou o filho pródigo da fugaO inconsolado, o peregrino, o inconstanteDe olhos enormes e boca silenciosa como a noite. Filho da loucura do crepúsculo dos Deuses,Observo tudo de um…

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3 poemas de Daniel Ricardo Barbosa

Memória Talvez você saia pela portadaquela casa estreita begeA madeira o vidro da saídaatrás de grades uma janela Fora uma funerária me lembrofaz tanto tempo prédio ao ladoDepois marmoraria faz sentidonão!, não faz sentido nenhumSaia depressa!, me dê as mãos Era outra época cá me senteiera dia de feira tocava músicasenhor ao lado chorava choravaporque…

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5 poemas de Sammis Reachers

CARTA AO CAFÉ Café aroma de larRitual, despedida de quem vai,Abraço a quem retornaCoffea arábica, Coffea canephora,Coffea liberica, Coffea dewevreiE as raças secretas de café Cremes, bolos, infusõesDrinks, balas, canapésReversa marihuanaDe santos, céticos e sahibs Aqueduto tônico odoropulsanteOdoropulsar:Café cuspidor de estrelas,Regurgitador de luzesFestim fenomenológicoReserva moral da literatura Sol do leite, do creme, do rumSol para…

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3 poemas de Maximiliano da Rosa

setembro ela tira a roupa, rebolaeles tiramavida do menino, põe a culpa em quem quisertirono péretire-se para o retirotiro na ruareator incandescenteretasrótulosrainha mortao povo rezaa nós não importabandeiras: verde e amarelo e vermelhogrito do Ipirangatelefone novonenhuma utilidade novaa raiva do reacionárioo genocidaainda genocida vida a vida é uma noiva sempre cansadano final a gente casa…

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3 poemas de Sonali Souza

RELEMBRO Avó! Avó!Quando pego os fiosda linhae teço laços e nóscom a agulha de crochê que me destesvoltam a mimnós duas.Eu a teus pésadorando-te,teu silêncio negro,tua história de mansidão,de esquecimento de si,viva que estavasna sua descendência.“Olha a saliência!” PRAGA DO TIO BETINHO Seu filho da’zunha,seu filhote de cruz-credo,num vem si metê comigo,criar quizumba,que sou sobrinhade…

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3 poemas de Eraldo Galindo

Canção de despedida Quando o trem desaparecer na curvae o sol poente morrer atrás da montanhaquando os ruídos da casa cessareme restarem apenas murmúrios de velhose fragrâncias de saudadessairei de mansinhoaté desaparecer na vastidãodo nada Os relógios congelarão as horase rouxinóis deixarão no ar gorjeiosde despedida Tudo é instante – bem sei Alfa e Ômega…

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A LITERATURA SUL-RIO-GRANDENSE DE 1976 – 2016: PRODUÇÃO, DISSEMINAÇÃO E CONSUMO

O Instituto Estadual do Livro apresenta aqui “A Literatura Sul-Rio-Grandense de 1976-2016”, obra que preenche uma lacuna significativa nos estudos sobre a literatura no Rio Grande do Sul. A obra delineia um panorama quantitativo e qualitativo de livros e autores publicados nas últimas décadas no estado e analisa os dados resultantes de forma clara e…

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