Por Cristina Macedo
Já disse alguém que não existe “um longo tempo atrás” mas, sim, memórias que significam alguma coisa e outras que nada significam. Beatriz Balzan Barbisan, neste Sementes de Amália, presenteia o leitor com suas memórias plenas de significações, cujo centro é a Mãe, motriz e matriz, dedicada à roça e às hortaliças, às flores e à família. O relato memorialístico de Belatrice, como bem a chamava a nona Dal Ponte, está dividido, poeticamente, em quatro atos, a saber Alvorecer, Meio-dia, Pôr do Sol e Novas Auroras, acompanhando o desenrolar das vidas. Sobre a mãe enquanto jovem, Beatriz conta, entre muitas outras coisas, que “noite após noite entrelaçava nos fios, os sonhos de dias melhores”. Leia e perceba que esses dias chegaram.

